quinta-feira, junho 29, 2006

Regresso a Kyoto - parte 2

Apesar de ter almoçado com o Yone sexta-feira na Horiba, a minha visita a ele ainda não estava completa, pois eu tinha que visitar sua casa e família. E por que eu deveria visitar sua família? Bom, porque eu faço parte (pelo menos de uma pequena parte) da história dela...

Yone era um dos meus colegas de trabalho quando fiz o estágio em 2003 em Kyoto. Seguidamente nós, os trainees estrangeiros, e alguns outros colegas saíamos para jantar após o trabalho. Na região onde fica a Horiba não havia muitas opções, então costumávamos ir em um pequeno restaurante, cerca de meia da empresa caminhando. Era um restaurante simples e familiar (se bem que, havia boatos, alguns Yakuza costumavam ir lá de vez em quando depois de sair do Pachinko). A dona era uma senhora, e a filha dela, Maki, atendia no restaurante.

Maki, apesar de falar pouco inglês, era sempre muito atenciosa com a gente. Não fosse pelos nossos colegas que nos levavam até lá, dificilmente outros estrangeiros iriam ao seu restaurante, então ela sempre aproveitava a oportunidade para conversar conosco, além de nos explicar os pratos e dar sugestões. Como ela era praticamente da nossa idade, começamos a convidá-la quando nos reuníamos para fazer alguma coisa, ir em algum lugar, ou até cantar no Karaoke.

Sentimos que Yone gostava da Maki, mas não demonstrava muito. Sentimos que Maki talvez gostasse do Yone, mas com a falta de demonstração do Yone também não demonstrava muito. Demos o empurrãozinho necessário, comentando com o Yone que talvez ele devesse convidar a Maki pra sair.

Bom, meu estágio terminou e o resto da história acompanhei pelos mails enviado de tempos em tempos pelo Yone e pela Maki. Nos 3 anos seguintes, eles namoraram, casaram, compraram uma casa e, alguns dias antes de eu chegar ao Japão, tiveram uma linha filhinha, chamada Mao.

Voltei de Osaka para Kyoto no sábado depois do almoço para visitar a nova casa de Yone, reencontrar a Maki e conhecer a pequenina Mao-chan. A casa é grande, nova, bem decorada. E a pequena Mao é calminha e bem comportada. Tem 3 meses e portanto ainda não repara na minha cara de estrangeiro, mas possivelmente ouviu inglês pela primeira vez na minha visita à sua casa. Conversamos muito, eu, Yone e a Maki, enquanto a Mao só dormia. Falamos dos acontecimentos posteriores a minha volta ao Brasil, sobre o que aconteceu com outros estagiários e funcionários da Horiba. A conversa era predominantemente em inglês mas às vezes mudávamos para o japonês. Fiquei umas 3 horas na casa deles, conversamos muito e o tempo voou, mas tive que ir embora pois a tardinha ainda tinha outro compromisso: reencontrar o pessoal da AIESEC.

Já escrevi antes, mas, pra quem não sabe, a AIESEC é a organização de estudantes que promoveu meu estágio em 2003. Muitos dos estudantes do escritório da AIESEC na Universidade Doshisha, responsáveis pelo meu estágio, se tornaram grandes amigos, então não podia deixar de reencontrar alguns deles. Quando avisei que estava indo para Kyoto, logo organizaram de reunir os (ainda) membros e sair para jantar comigo.

Parte dos membros que conheci se formou, e por isso não fazem parte mais da AIESEC. Alguns se mudaram de cidade por causa de seus novos empregos. Mas outros, que na época haviam recém entrado no escritório, hoje já são “veteranos”, e foram jantar com a gente. Além deles, havia os que entraram depois, incluindo os que recém entraram em abril desse ano. Foi legal conversar com esses membros novos, que ainda não tiveram contato com os trainees estrangeiros (a AIESEC Doshisha só os recebe no verão, isto é, na metade do ano). Esse convívio, de forma geral, é o espírito da AIESEC. Conversamos, perguntei sobre o que estudavam, porque entraram na AIESEC e o que esperavam dela. Foi bem divertido. Me contaram, também, que este ano vão receber um outro trainee brasileiro e, mundinho pequeno, também gaúcho, de Santa Maria. Conversei também com o pessoal que conheci da outra vez. Relembramos situações, pessoas, enfim, aquele bom tempo que passei em Kyoto em 2003.

Fomos comer Yakiniku (焼き肉), um tipo de refeição japonesa (na verdade a origem é coreana) que lembra um fondue de carne. São fatias finas de carne que são colocadas sobre uma grelha, e essa fica em cima de um recipiente com carvão em brasa, no centro da mesa. Além da carne, às vezes são servidos também salsichas, espigas de milho, cogumelos e alguns outros vegetais, mas o bom mesmo é a carne. O pessoal vai colocando a comida na grelha com os hashis, e tirando a medida que fica pronto, mergulhando numa tigelinha com um molho parecido com shoyu. É muito bom.

Saímos tarde de lá, passamos ainda em um puricura (プリクラ), um lugar que além de jogos tem aquelas maquininhas de tirar fotos de grupos, e depois enfeitá-las e imprimí-las em adesivos, e depois de tirar algumas fotos pra registrar o momento, peguei o último trem de volta a casa dos Magata. Mais uma vez, uma grande noite de sono.

No domingo, último dia, ainda reencontrei mais algumas pessoas, mas isso fica para o terceiro e “derradeiro” post...

domingo, junho 25, 2006

Regresso a Kyoto - parte 1

Feito o exame parcial de japonês, quinta-feira da outra semana, o plano era pegar o ônibus noturno rumo a Kyoto (京都), para aproveitar a sexta-feira sem aula.

A história da compra da passagem, que antes havia comentado, nem é tão interessante. Perguntei uns termos chave (“ônibus noturno”, “ida e volta”, etc) pra minha professora de japonês e lá fui eu para a estação de Tokyo (東京駅), pro conversation challenge1 de verdade. Pra ajudar, fui com tudo anotado: se a atendente não entendesse algo do meu japonês eu mostrava escrito pra ela o que queria.

Chegando lá, começou tudo conforme o script. Expliquei para onde queria ir, que tipo de passagem, e data. Só que depois disso, entretanto, ela fugiu do script que eu esperava: em vez de me dizer o preço, começou a falar um monte de coisas em japonês, ficou quase um minuto falando. Entendi uma só palavra do que ela disse: “doriimu” (ドリーム), que eu sabia que era “dream”, um dos tipos de ônibus. Não tive dúvida, ela estava querendo saber que tipo de ônibus eu queria. Disse pra ela “yasui no kudasai” (安いの下さい, um barato por favor) e ela entendeu. Ficou uns 2 minutos digitando no terminal até que me disse “hai, arimasu” (はい、あります, sim, tem). Tudo certo. Comprei a passagem, que por isso acabou saindo mais barato do que eu planejava, graças a essa “fuga do script”.

Saí da prova, que foi mais fácil do que esperava, voltei pra casa, arrumei tudo pra ter tudo limpinho quando voltasse, e me toquei pra estação. Peguei o ônibus as 21:50. A viagem não foi confortável. Esse ônibus mais barato era semi-leito. Tinha 4 assentos por fila, e ninguém viajando ao meu lado (o ônibus estava bem vazio), mas a divisória de apoio do braço entre os assentos era preso e não levantava. Pior, ela ía até embaixo e não dava nem pra passar as pernas por baixo dela. Cheguei em Kyoto ainda antes das 6:00. No ônibus, olhando pela janelinha, já comecei a reconhecer lugares. Uma esquina, uma loja, lugares por onde eu tinha a lembrança de já ter passado.

A minha viagem a Kyoto tinha dois objetivos principais. Não era uma viagem de turismo, claro, pois eu já havia morado ali e conhecia bastante bem aquele lugar. O primeiro objetivo era rever muitos amigos, colegas, e a família onde tinha morado da outra vez. Mas havia também a tentativa de responder uma dúvida que eu tinha desde que cheguei à Tokyo: O Japão havia mudado, ou era apenas a vida em Tokyo que era tão diferente?

Chegamos na estação de Kyoto e ela estava exatamente da mesma forma. Como era cedo, não havia ninguém na rua, e como o tempo estava bom, aproveitei pra tirar umas fotos (algumas dessas fotos estão na minha página do Flickr). A única coisa pra se fazer cedo pela manhã, num dia agradável, é caminhar pelas ruas. Fui aos templos mais centrais de Kyoto. Na verdade havia uma mudança: um dos templos mais importantes, o Higashi Hongan-ji (東本願寺) está em restauração e o prédio está completamente coberto por uma estrutura metálica, que só será removida em 2011. Da outra vez que eu pra lá fui o templo estava aberto, mas o seu “par” Nishi Hongan-ji (西本願寺) estava também em restauração e coberto. Talvez tivessem começado a reforma do templo do leste (Higashi) por terem terminado a reforma do templo do oeste (Nishi), então fui para o outro verificar se agora ele estava exposto. Não, ainda está fechado, o que é bastante frustrante para um visitante que chega em Kyoto pela primeira vez nessa época.

Fiz uma longa caminhada, fui a um templo mais para longe do centro, para Gion (祇園), o bairro mais tradicional, e para as ruas de comércio (que ainda estavam fechadas). Tudo estava da mesma forma, conhecia as ruas por onde andava e me sentia “em casa”. Próximo ao meio dia, porém, terminei minha caminhada para ir a Horiba, a empresa onde havia feito o estágio em 2003, onde havia combinado de almoçar com antigos colegas. Peguei o trem, lembrava a plataforma, a estação de destino, até o valor do bilhete. Nada havia mudado. Desci próximo à Horiba, fiz a pequena caminhada que fazia todos os dias entre a estação e a empresa, e parecia que havia andado naquele caminho no dia anterior. Chegando lá poderia ter entrado e subido normalmente, mas achei melhor ligar para meus colegas e avisar que havia chegado. Eles desceram e juntos fomos almoçar no restaurante da empresa, onde comi o mesmo que costumava comer sempre: udon (饂飩), um tipo de macarrão japonês.

No restaurante, as mesas, as pessoas com os uniformes, os rostos, tudo estava igual. O Japão, em algumas coisas, não é um país de mudanças. Algumas pessoas me olharam com cara de reconhecimento, e para as com quem eu havia conversado da outra vez, disse algo do tipo: “sim, sou eu mesmo” e contei o que estava fazendo ali. Foi o início de um grande fim de semana no qual confirmei que não, o Japão não havia mudado, mais que isso, as coisas continuavam ainda mais intocadas do que eu esperava.

À tarde encontrei o Cristiano, um brasileiro que veio para o Japão comigo no mesmo programa, mas que estuda em Kyoto. Fomos ao rio Kamogawa, lugar onde costumava gostar de ir, e conversamos bastante sobre nossos primeiros meses no Japão. Para ele, primeira vez por aqui, uma fase de ainda mais surpresas e descobertas. Mesmo assim, encontramos vários sentimentos comuns, como o fato de nos sentirmos “crianças” que se sentem realizadas por conseguirem desempenhar as tarefas mais simples do dia a dia. Havia trazido do Brasil um guia de transportes de Kyoto, que ganhei da outra vez que vim, e deixei o guia com ele.

Antes de ir para Kyoto, escrevi para meus conhecidos para informar que estava indo, e tentar marcar alguma oportunidade de reencontro. Como a família onde havia ficado não tinha email, enviei um postal de Tokyo, com minhas informações de contato. Dois dias depois de enviar o postal recebi um recado da família “pedindo” (uma forma japonesa de oferecer) para que eu ficasse na casa deles. Obviamente aceitei, e então na sexta à noite, como combinado peguei o mesmo trem que todo dia pegava para a viagem de cerca de uma hora até a casa deles. Mais uma vez, tudo continuava exatamente da mesma forma, não demonstrando que o tempo havia passado.

Lá chegando, havia uma janta especial para mim. Bastante comida, e coisas que eu gostava. Senti que a Sra. Magata lembrava dos meus gostos: havia fatias de carne, frango, batata. E convidados também, colegas da Sra. Magata, e a Sra. Nakagawa, mãe da segunda família onde havia ficado. Me senti muito bem de estar de volta, e não havia estranheza por não nos vermos a tanto tempo. O que também ajudou foi eu ter escrito de vez em quando para eles durante esses anos, o que fez com que eles também me escrevessem de volta com as novidades.

Atsushi, o filho mais novo, está já grande (passando de 11 para 15 anos) e falando agora bastante mais inglês (provavelmente pelo ótimo hábito da Sra. Magata de receber estrangeiros em sua casa todo ano). O interesse principal dele passou do futebol para o boxe, o que causa alguma preocupação na sua mãe, que o acha muito magro e frágil para o boxe (mãe é mãe, só muda o endereço). Trouxe uma camiseta para ele de futebol, e felizmente antecipei o “espicho” que ele teve. Entreguei também os presentes pro resto da família, que havia trazido do Brasil. Foi bom ter lembrado deles e ter presentes apropriados para a recepção calorosa que tive na sua casa. Após conversarmos sobre as atualidades (e ter chance de arriscar meus primeiros diálogos em japonês), fui dormir, não no mesmo quarto em que dormia da outra vez (a casa sofreu uma reforma, ganhou até um novo banheiro no segundo andar), mas em outro, que mantinha os mesmos móveis do anterior. Estava feliz, e tive a melhor noite no Japão desde que cheguei.

Dia seguinte, muitos planos. Pela manhã, viagem a Osaka (大阪) para visitar o Koji e a Bianca, dois bolsistas que vieram pelo consulado de Porto Alegre e que eu já conhecia do Brasil. Como havia estado em Osaka duas outras vezes, mas em nenhuma das duas eu tinha visitado o castelo de Osaka, resolvemos fazer esse passeio. A Bianca eu já havia encontrado em Tokyo no feriado da Golden Week (ela veio visitar a irmã que mora aqui), mas o Koji eu não via desde o Brasil. Foi legal conversar com ele: trocarmos experiências e ouvir suas histórias. Esses dois são sempre ótima companhia. Almoçamos perto do castelo, mas à tarde tinha compromissos em Kyoto então precisava voltar.

O fim de semana havia começado bem, e ficaria ainda melhor. Mas como já escrevi bastante, deixo o resto da história para o próximo post...

1 - conversation challenge é uma das atividades da nossa aula de japonês, em que temos que encenar alguma pequena situação. É sempre algo simples que fazemos em sala de aula, como pedir informações, explicar alguma coisa ou tentar comprar algo, e nessa atividade temos que conversar com os professores ou com algum outro japonês pelo telefone.

quinta-feira, junho 15, 2006

“Regressamos agora com nossa programação normal”

Hoje to parecendo (e sou) uma criança com brinquedo novo. Ontem o Issamu, meu sempai (先輩, senior), muito gente boa, que é praticamente japonês já e sabe tudo por aqui, me ajudou a revender a minha camera fotográfica de volta para a loja que compra usados, e com isso hoje saindo da minha aula de japonês fui comprar a camera nova.

A camera da Panasonic é muito bacana. Além de não ter os problemas da Pentax, ela tem alguns detalhes que me fazem considerá-la quase perfeita. Coisas que faltavam na Pentax mas não considerava essenciais, essa camera tem, como salvar a informação sobre a orientação em que as fotos foram tiradas (vertical ou horizontal), e iluminar fotos em ambientes muito escuros para fazer o autofoco, mas ajudando no enquadramento. Além de outros, também.

Não bastasse isso, chegando no dormitório, nem deu pra eu mexer muito na camera, pois tinha chegado a minha “encomenda”: meu computador novo. Aeeee!

Comprei ele pelo site da Apple Japão, que obviamente é todo em japonês. Mas não foi difícil: compras onlines seguem o mesmo padrão em qualquer lugar do mundo. Primeiro se cria uma conta, depois se faz o login, se adicionam os produtos no “carrinho” e finalmente se faz o checkout, indicando informações de pagamento. Fui fazendo isso, consegui preencher os campos de nome, endereço, e inclusive informar que eu queria pagar na loja de conveniência, e no fim deu tudo certo. Veio o boleto pro meu endereço, paguei na lojinha na frente de casa, depois de 2 dias úteis confirmaram o pagamento e me mandaram a mercadoria.

Só que nem vou ter muito tempo pra me divertir com meus novos brinquedos: amanhã de manhã tenho prova de japonês, já da metade do “semestre” (que começou só em abril), e por isso sexta-feira não tem aula. Vou aproveitar o feriadão pra ir pra Kyoto (京都) pra rever vários amigos de 2003. Comprei uma passagem de ônibus relativamente barata. Mas essa é outra história, que fica para quando eu voltar (segunda-feira).

Alias, eu deveria estar estudando. Ou pelo menos decorando vocabulário. Vou lá... Até!

terça-feira, junho 06, 2006

“Interrompemos nossa programação para troca de equipamentos...”

Tenho atualizado esse blog menos do que gostaria, e aqui colocado menos fotos do que seria interessante. Vou explicar alguns dos motivos disso estar acontecendo.

Não é que minha vida esteja tão ocupada que eu não tenha tempo pra fazer atualizações, nem tão parada que não tenha nada interessante sobre o que escrever. Resumindo, o problema maior é técnico, relativo ao meu acesso a internet e a minha camera digital.

Eu pensava que assim que tivesse internet em casa o problema estaria resolvido, mas não foi bem assim que aconteceu. Estou com internet em casa a cerca de 15 dias. Eu e o Marcelo, um outro brasileiro que mora aqui no meu dormitório, estamos dividindo o acesso a internet que ele assinou. O serviço a princípio é muito bom. Se paga cerca de 27 dólares por um acesso de 100 Mbit/s (cerca de 250 vezes mais rápido que o acesso típico de “banda larga” no Brasil). Isso é possível porque no nosso dormitório chega um cabo de fibra ótica da NTT e ela distribui o acesso via DSL dentro do prédio, que possui seu próprio “servidor de DSL”. Na teoria tudo perfeito, se a gente não dividisse o acesso.

Eu moro de um lado de um corredor e o Marcelo do outro, praticamente na minha frente (na verdade do lado, já que o corredor é em forma de “T”). Como fica complicado passar um cabo pelo meio do corredor, compartilhamos a internet por uma rede wireless (sem fio). A distância é pequena, mas meu notebook tem revestimento de alumínio, e sabidamente ele tem alcance de rede sem fio mais baixo que o comum. Além disso, nossas portas são de metal, o que atrapalha o sinal, e existem outras redes wireless em nosso prédio, o que também contribui com interferência. Então a qualidade do sinal fica muito baixa, e o acesso a internet fica indo e vindo, em algumas horas de forma insuportável pelo grande número de mensagens (informações) que se perdem na transmissão. Isso, também, explica porque tenho falado pouco no MSN, e quando uso, se não respondo alguma mensagem, não é porque esteja ignorando as pessoas mas sim porque algumas mensagens estão se perdendo.

Felizmente, já encomendei meu notebook novo, que dizem ter alcance wireless muito melhor. Tenho esperança que com ele a internet fique decente, e se não ficar, assino logo o serviço pro meu quarto também.

A outra questão é da minha camera digital. No Brasil eu tinha uma camera digital que eu gostava muito, da Pentax, chamada Optio S. Só que como eu vinha para a “terra dos eletrônicos” não fazia sentido trazer, e deixei ela no Brasil pensando em comprar uma nova aqui. Decidi comprar o modelo atualizado da mesma camera, Optio S6, esperando que essa seria ainda melhor que a que eu já tinha, já que é mais moderna.

Foi difícil encontrar a camera pra vender por aqui. Quase todas as lojas não a tinham mais a venda. Mas por fim consegui e a comprei, ainda no primeiro mes que cheguei. Só que a camera foi uma grande frustração. O modo automático dela tira fotos muito ruins. Situações um pouco escuras geram fotos extremamente escuras, e um pouco claras geram fotos claras ao extremo. Além disso, ao se pressionar o botão para fotografar, o autofoco leva uma eternidade para se regular, e portanto a foto também demora a ser tirada. Quando eu vou tirar a foto sei como lidar com isso, mas se peço a alguém para que tire uma foto, dificilmente a foto fica boa.

Vou tentar revender a camera para a mesma loja onde comprei, eles aceitam produtos usados. Se me derem metade do que eu paguei já fico feliz, pois se permanecer com ela considero uma perda total. E já decidi qual camera irá substituir a atual: será uma Panasonic Lumix FX-01. Se conseguir revender minha camera, devo comprar a nova ainda mês que vem, caso contrário até o fim do ano. Com isso, finalmente, terei mais fotos e videos para disponibilizar por aqui.

Então enquanto meus “equipamentos” não forem atualizados, vou suspender as atualizações desse blog. Mas dentro de “alguns instantes” regressaremos com nossa programação normal...