quarta-feira, março 29, 2006

Assinaturas

Como aprendi na outra viagem, muita gente não tem saco de ficar lendo blog e prefere receber os relatos por email. Por esse motivo, adicionei um serviço de assinaturas pra esse blog. É só digitar o endereço de email na caixinha ali à direita e clicar "Assinar". Quando houver um novo post ele será enviado por email. Simples.

Ainda estou testando o serviço. Na página diz que ele envia um mail todo dia com os novos posts, mas a minha dúvida é se ele manda o mail mesmo que não haja post. Se enviar, fica meio chato. Bom, me inscrevi de cobaia do serviço, assinando meu próprio blog, e inclusive este será o primeiro post que deve ser enviado para o meu email. Se não ficar satisfeito com o serviço, retiro o link de assinatura ali do lado, e procuro outro.

segunda-feira, março 27, 2006

Luzes cegantes

Deve-se pelo menos questionar uma lista das 15 vistas urbanas mais bonitas do mundo que, ao escolher uma cidade brasileira, coloque São Paulo ao invés do Rio de Janeiro. Mesmo assim, vale o link, que talvez explique o título deste blog (na quinta colocação).

Na verdade, a idéia de criar o blog surgiu perto da data do show da turnê Vertigo da banda U2, que assisti em Buenos Aires. Precisava um nome para ele, e ouvindo a música “Where the Streets Have No Name” veio o primeiro insight. No Japão, a grande maioria das ruas não tem nome, e os endereços são dados de uma forma hierárquica que divide as cidades em zonas, as zonas em quarteirões, e os quarteirões em prédios, de acordo com a ordem em que foram construídos.

Essa música, porém, é muito conhecida e queria um nome não tão popular. “City of Blinding Lights” foi a música de abertura do show, e Tokyo é, também, uma cidade de luzes cegantes, mais que qualquer outra no Japão. E onde estarei morando.

sábado, março 25, 2006

Atualizações…

O post de hoje é só um apanhado geral dos preparativos.

Já estou com minha passagem e o visto pro Canadá. O talão do ticket da passagem é tão magrinho, claro, nunca tinha tido uma passagem só de ida. A parte “burocrática” já está resolvida. Simplisticamente, é só eu aparecer no aeroporto dia 3 e entrar naquele avião.

Terminei o último trabalho que realizava por aqui. Os laços vão se desfazendo, uma coisa a menos que me prende. Entreguei a revisão técnica nessa sexta, fiquei satisfeito com o resultado. Infelizmente, só me pagam na próxima quinta-feira, e contava com esse dinheiro pra comprar mais uns presentes de viagem. Sem problemas: a mãe vai me emprestar dinheiro por essa semana.

Segunda-feira liberei meu armário na UFRGS. Na verdade, já estava quase vazio, apenas tirei o cadeado e o papelzinho que identificava o “proprietário”. Dizia: “Roberto Jung Drebes <drebes@aton.inf.ufrgs.br>”. Esse “aton” no email entrega que tomei posse dele lá por 1998, quando aluno de graduação não tinha email no domíno “@inf.ufrgs.br”, a menos que tivesse bolsa de iniciação científica no Instituto. Não bateu depressão ou sentimento algum. Talvez por já antes ter esvaziado o armário e me livrado de outras tralhas que tinha por lá.

Semana passada, visitei meu ex-professor de japonês. Ele sabia que eu tinha conseguido a bolsa, havia contado quando saiu o resultado preliminar. Dessa vez fui lá contar as novidades sobre o resultado final, além de comprar uma apostila do nível 3, e me despedir, claro. Não sei como vai ser o material de ensino de japonês lá: se vai ser tudo em japonês, com explicações em inglês, ou em português (duvido). Como já conheço o estilo do curso daqui (com explicações em português), em que dedicando-se, aprende-se, achei melhor levar pelo menos as apostilas dos 3 primeiros níveis. O sensei continua o cara legal de sempre, mas parecia mais abatido, quieto. Me contou que voltou faz pouco do Japão, passou uns meses em sua cidade natal com a mãe, que faleceu. Pra piorar, sua esposa continua mal de saúde, não mostrando sinais de melhora. Difícil manter o alto astral assim. Com isso, qualquer um se abala. Sei que é difícil, mas espero que ele se recupere, pois do jeito que está é uma lástima. Pelo menos peguei o email dele. Vou mandar notícias de vez em quando e acho que me ver progredindo no japonês deve fazê-lo um pouco mais feliz.

Comecei a preparar as malas. Na verdade, uma mala e uma mochila de viagem. Não devo chegar perto da franquia de bagagem, então tenho aproveitado pra levar o que chamo de “kit saudade”: coisas que me lembram bons momentos e pessoas por aqui. Presentes de amigos, postais, cartas e cartões que recebi. Roupas de inverno e sociais já estão embaladas, ficam faltando as de verão, livros, presentes de viagem e outras coisas menos importantes.

Nesses últimos meses, cada vez mais vejo que pessoas aparecem, e não é que não sejam as pessoas certas, mas o momento é que não é certo.

Por hora, é isso.

terça-feira, março 21, 2006

Longa viagem

Amanhã devo ir à Varig buscar minha passagem.

SERVICO        DE                  PARA                   PARTIDA CHEGADA
-------------- ------------------- --------------------- -------- -------
VARIG - RG 2111
SEG 03APR      PORTO ALEGRE RS     SAO PAULO SP           1400     1530
               SALGADO FIL         GUARULHOS INTL
SEM ESCALA                         TERMINAL 2             DURACAO  1:30
                                                       NAO FUMANTE
               RESERVA CONFIRMADA   Y ECONOMICA
               A BORDO: LANCHE
               EQP:BOEING 737-400
 
 
AIR CANADA - AC 91
SEG 03APR      SAO PAULO BR        TORONTO CA             2130     0700
               GUARULHOS INTL      PEARSON INTL                    04APR
               TERMINAL 2          TERMINAL 1
               RESERVA CONFIRMADA   Y ECONOMICA           DURACAO  10:30
 
 
AIR CANADA - AC 105
TER 04APR      TORONTO CA          VANCOUVER CA           1000     1157
               PEARSON INTL        INTL
               TERMINAL 1          TERMINAL M             DURACAO  4:57
               RESERVA CONFIRMADA   H ECONOMICA
 
 
JAPAN AIRLINES INTL - JL 17
TER 04APR      VANCOUVER CA        TOKYO JP               1305     1450
               INTL                NARITA                          05APR
               TERMINAL M          TERMINAL 2
               RESERVA CONFIRMADA   Y ECONOMICA           DURACAO  9:45

quinta-feira, março 16, 2006

Vestibulando?

Eu posso ter feito graduação, mestrado, e agora estar tentando doutorado no Japão, mas minha mãe insiste em, toda quarta-feira, deixar o caderno de vestibular do jornal no meu quarto.

Essa é uma das coisas que eu não vou sentir saudades. :P

quarta-feira, março 15, 2006

Curso de japonês

Recebi um mail da secretária do chefe. A Setsuko1, alias, é quem tem me dado uma mão com vários assuntos, como achar o dormitório e me inscrever no curso de japonês. Era sobre isso o mail. Ela queria saber qual das duas opções eu estava interessado: fazer o curso intensivos, com 4 a 6 horas diárias e aulas todos os dias da semana, ou o curso “light”, três vezes por semana com uma hora e meia por dia. O primeiro parece que normalmente tem menos alunos por turma, e muito mais tarefas pra se fazer.

Além de realmente achar que com meu nível de japonês (leia-se, muito básico) é melhor eu fazer o curso intensivo, essa também é a recomendação do chefe. Então acho que está decidido. Japonês 6 horas por dia, todo dia da semana. :)

As turmas desse nível em geral tem de quatro a dez alunos, mas, segundo a Setsuko, o número de estudantes aceitos na Universidade de Tokyo esse ano é maior que 100, quase o dobro do normal. Portanto, as aulas de japonês estarão mais cheias. Espero que isso não seja um problema.

1 Deixando claro desde já, porque essa também foi uma dúvida no primeiro contato que tive com japoneses: o nome terminado em “o” leva a pensar que é um homem, mas nomes japoneses terminados em “ko”, como a Ayako, do consulado, sempre são mulheres. O kanji “ko” (子) significa filho, mas geralmente (sempre?) é usado pra se referenciar a filhos do sexo feminino, isto é, filhas.

Visto pro Japão, e o “documento muito importante nº 2”

Hoje fui ao consulado buscar meu visto pro Japão. Não posso dizer que estou com ele na mão, pois logo após recebê-lo já aproveitei pra solicitar via despachante o visto de trânsito do Canadá. Então lá foi pra São Paulo meu passaporte, que deve voltar semana que vem “duplamente visado” se tudo der certo.

Mas hoje já teve uma situação que me lembrou o estranhamento com a língua. Junto com o passaporte, a Ayako me entregou um documento com todas as informações da minha bolsa: nome da Universidade, do departamento, do orientador, datas, etc. Tem também um número de bolsista, que devo decorar, mas isso não é problema porque ele é tão simples que na primeira olhada já guardei. E ela me disse: “guarde esse documento, ele é muito importante!” Só que como ele está todo em japonês, com exceção dos nomes, eu não sei o que ele realmente é, ou como se chama. Tem uns kanjis no topo, é alguma coisa número 2, o que não ajuda muito. Conseqüentemente, não tenho como me referenciar a ele se não pelo “documento muito importante”. São com esses detalhes e situações que é bom ir se acostumando.

“Me ofereceram Buda, Krishna, Cristo
Um coração, um ombro, a mão
Um visto pro Japão”

-- Nei Lisboa, Teletransporte nº 4

domingo, março 12, 2006

A história até esse ponto

Tem gente que tem fixação pelo Japão. Desde pequeninho. De gostar de desenhos japoneses, música japonesa, filmes, videogames. Tudo que tiver o discreto “made in Japan” tem uma aura toda especial pra essa gente.

Mas não é meu caso. Não cresci com esse encanto pelo Japão. Tinha interesse, claro, por ser um lugar diferente e um povo estranho, mas não a fascinação que muitos tem. Gostava de documentários sobre o Japão, mas nunca gostei de seriados japoneses. Achava besta o Ultraman e o Spectroman, e só gostava das lutas porque eram muito toscas as cidades de isopor destruídas pelos monstros, e os fios de nylon que sustentavam os aviões no ar revelando a precariedade da produção. Quando meus coleguinhas estavam brincando de “Jaspion” eu dava um tempo e ia fazer outra coisa. Desenho pra mim era da Hanna Barbera, música boa era feita pelos conjuntos infantis dos anos 80. O meu interesse por videogame sempre foi muito mais técnico, pela qualidade e criatividade dos gráficos, do que pelo mundo da fantasia e dos personagens criados. Preferia assistir alguém jogando do que jogar eu mesmo. Assim podia observar a parte técnica sem ter que me preocupar em ser “morto” por vilões ou outros seres malígnos. :P

Então, o que me fez aceitar o desafio de passar alguns anos nesse lugar que alguns consideram “um outro mundo”? Como é que eu vou parar no Japão?

Em 1993 fiz um intercâmbio curto, durante apenas um mês, nos EUA. Era muito piá, tinha 15 anos. Mas senti que a experiência fora, por mais curta que tenha sido, me mudou profundamente. Voltei sendo a “versão 2.0” de mim. Vi que o mundo, mesmo nos lugares mais parecidos com a nossa casa, é muito diferente, tem muita coisa pra se ver e tentar entender. Meu inglês melhorou muito, e me abriu portas pra conhecer pessoas e coisas que não imaginava que existiam. Me senti mais capaz de fazer as coisas por mim mesmo. Ser o responsável pelo meu caminho. E voltei.

Voltando entrei na antiga rotina, colégio, poucos mas bons amigos. Muita TV, e muito interesse pelas coisas, mas agora com a consciência de que um dia poderia conhecê-las de verdade e não apenas por relatos de outras pessoas. Entrei na faculdade, e a rotina continuou, apesar de sofrer algumas pequenas mudanças. Até que um amigo me comentou sobre uma organização chamada AIESEC. A AIESEC é uma organização de estudantes que promove estágios profissionais no exterior. Era tudo que eu sabia da organização. Não sabia o porquê, não sabia como era o processo seletivo, não sabia para onde poderia ir. Mas conhecia algumas pessoas que já haviam ido, e todas me disseram que havia sido uma grande experiência. Nesse ponto não pensava em ter outra experiência no exterior, mas sem pensar muito, me inscrevi para a seleção, no último dia, à tarde.

Resumindo a história, fiz a seleção e passei. Entrei em uma base de dados com os estudantes escolhidos e com os estágios disponíveis, e comecei a procurar um estágio pra mim em algum lugar. O processo não é simples, o sistema te exibe estágios possíveis, de acordo com tuas habilidades, mas muitos desses vão acabar sendo preenchidos por outras pessoas, ou simplesmente o responsável acha que tu não te encaixas no perfil buscado. Mesmo assim, entre as primeiras possibilidades já apareceu um estágio no Japão. Lembro que ao aparecer achei aquilo curioso: pensei “puxa, esse esquema realmente é mundial”. Mas parou por aí. “Japão é um lugar muito diferente. Não me adaptaria com a cultura, com a língua, com a alimentação”. E coloquei a idéia de lado, voltei a procurar estágios em países mais “convencionais”, como Espanha, Inglaterra, Hungria, Canadá.

A cada possibilidade de estágio, ía lendo tudo a respeito dos países. Devorava páginas na Internet pra saber como eram as pessoas, a vida nas cidades, clima, esse tipo de coisa. E não lembro por que cargas d'água, talvez por já estar no clima de fazer pesquisa, comecei a procurar sobre o Japão.

Este foi o momento crítico.

Quanto mais lia sobre o Japão e o povo japones, mais me convencia que era para lá, sim, que eu deveria ir. Que com os desafios que lá eu encontrasse aprenderia muito, repensaria várias coisas, e poderia voltar numa “versão 3.0”, enquanto em países mais convencionais chegaria no máximo a “2.5”. :) Mais, vi que apesar de não me identificar com a cultura superficial do Japão, aquela que chega até nós pela comunicação de massa, me identificava com os valores fundamentas de convívio da sociedade japonesa. E com isso me sentiria a vontade. “Se tua alma não é estranha a ti, o mundo todo é a tua casa.” foi uma das frases que encontrei quando pesquisava sobre a vida no Japão, em uma página de um casal de missionários que por alguns anos lá viveu. E tudo fez sentido.

Continuei a busca genérica por estágios, mas quando alguma possibilidade de estagiar no Japão aparecia, tentava responder o mais rápido possível para aumentar minhas chances de seleção. Outros estágios foram “falhando”, mas, finalmente, recebi a resposta de que havia sido aceito em um estágio em Quioto. Tenho uma página sobre tudo que lá vivi, não vale a pena aqui repetir. O que vale a pena é colocar um link para um “ensaio” que me foi pedido e usado na seleção, abordando os seguintes tópicos:

  • Why do you want to take part in AIESEC internship?
  • Why do you want to work in Japan?
  • Why do you want to work at Horiba Company?
  • How do you put your internship experience to practical use in your life?

Esse texto mostra bem a minha motivação e sentimento na época.

Em 2003, 10 anos após minha primeira experiência no exterior, chegava ao Japão. E como foi minha experiência? Não digo que foi tudo e mais do que esperava. Quando estamos prestes a viajar idealizamos várias coisas, fantasiamos e às vezes saímos da realidade. O Japão real foi diferente, mas não menos impressionante e proveitoso. Da viagem guardo só recordações positivas. Da AIESEC guardo grandes amigos, tanto no Brasil quanto no Japão. Os objetivos foram alcançados plenamente, e o país e as pessoas guardo em um lugar especial. Regressando, após a adaptação reversa, começaram alguns planos de retorno, nada muito definitivo, mas isso fica para um post futuro...

sábado, março 11, 2006

Almoço e reunião no consulado

Na última terça-feira tivemos um almoço com o consul e uma reunião no consulado. O almoço foi bacana, além do Koji e da Bianca, os outros dois bolsistas que já conhecia, teve também a presença de outros dois de Florianópolis. O pessoal pareceu gente boa, acho que a escolha do consulado foi bem feita. ;) Por parte do consulado, teve a presença do consul-adjunto Kimura e da Ayako, a moça responsável pelo setor de bolsas.

Almoçamos no Gokan, um dos melhores restaurantes japoneses aqui de Porto Alegre. Foi divertido, um clima bem descontraído. Conversamos sobre para onde cada um de nós irá, fizemos mais algumas perguntas à Ayako. A dupla do consulado é muito simpática, o que está de acordo com a opinião que tenho dos japoneses. Combinamos, entre os bolsistas, de levar presentes pro consul e pra Ayako, não só por estarem nos recebendo num bom restaurante japonês, também por todo trabalho e auxílio na seleção pras bolsas. Acho que os presentes foram bem recebidos. Comemos sushi, sashimi. A sobremesa, só, um mousse de chocolate super doce, foi intratável pela Ayako: “Se eu comer tão doce eu durmo de tarde”, diz ela. :)

À tarde, então, tivemos a reunião no consulado, com o mesmo grupo e mais dois ex-bolsistas. Acho que eles passaram uma idéia realista de como são o Japão e, mais importante, os japoneses, e de como eles se comportam frente a ti. Deram sugestões de formas de encarar os desafios, e contaram histórias divertidas e interessantes da vivência deles por lá. Contaram a história de outro bolsista que não encarou muito bem a experiência, teve a mente fechada, e como isso trouxe complicações pra ele e pras pessoas que com ele conviviam. Mas acho que não corremos esse risco. Tive um bom sentimento do nosso grupo.

Pra terminar, recebemos a confirmação da passagem, com horários e números de vôo, e a carta para solicitar o visto de trânsito no Canadá. A coisa se torna cada vez mais concreto.

sábado, março 04, 2006

Um mês de despedidas

Recebi a notícia hoje: embarco no dia 3 de abril. O que dá exatamente um mês até a minha partida. A maioria das coisas relativas a viagem já estão prontas ou preparadas, falta ainda comprar alguns presentes e, o mais importante, reencontrar uma porção de gente pra se despedir e dizer algumas coisas importantes.

A notícia de ontem foi a confirmação de onde vou ficar: no dormitório da JASSO em Soshigaya. O lado bom da notícia é que parece ser um lugar legal, mais pra fora da cidade e conseqüentemente mais tranqüilo. Vai ser legal, a correria de Tóquio e o excesso de gente era uma das coisas que não me deixavam muito à vontade. Saber que vou ter um lugar um pouco diferente pra fugir da correria me conforta. Por outro lado, claro, vou ter que encarar um bom tempo de viagem até a Universidade, todo dia. Mas isso não é problema. Sempre gostei de andar de trem no Japão, e vou poder aproveitar o tempo pra ler, ou ouvir música, e observar as pessoas. ;)

ps: Está cortada a fita inaugural desse blog.