Hoje fui ao consulado buscar meu visto pro Japão. Não posso dizer que estou com ele na mão, pois logo após recebê-lo já aproveitei pra solicitar via despachante o visto de trânsito do Canadá. Então lá foi pra São Paulo meu passaporte, que deve voltar semana que vem “duplamente visado” se tudo der certo.
Mas hoje já teve uma situação que me lembrou o estranhamento com a língua. Junto com o passaporte, a Ayako me entregou um documento com todas as informações da minha bolsa: nome da Universidade, do departamento, do orientador, datas, etc. Tem também um número de bolsista, que devo decorar, mas isso não é problema porque ele é tão simples que na primeira olhada já guardei. E ela me disse: “guarde esse documento, ele é muito importante!” Só que como ele está todo em japonês, com exceção dos nomes, eu não sei o que ele realmente é, ou como se chama. Tem uns kanjis no topo, é alguma coisa número 2, o que não ajuda muito. Conseqüentemente, não tenho como me referenciar a ele se não pelo “documento muito importante”. São com esses detalhes e situações que é bom ir se acostumando.
“Me ofereceram Buda, Krishna, Cristo
Um coração, um ombro, a mão
Um visto pro Japão”
-- Nei Lisboa, Teletransporte nº 4
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