sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Primeira vez no Japão

O Artur cresceu comigo em Porto Alegre e recentemente esteve em Tokyo. Ele escreveu no blog dele as impressões que teve daqui. Depois de quase 3 anos no Japão, acabo esquecendo o que senti quando vim pela primeira vez pra cá, sem nenhuma relação ou interesse especial por esse país. As impressões do Artur lembram bastante o que senti, e pela forma clara e interessante em que se expressa, recomendo.

2 comentários:

Rafael Huff disse...

Oi Drebes,
acabei de ler esse texto do teu amigo. Sobre a questão da educação, eu também percebo bastante a diferença entre o Brasil e a Alemanha, só que ao contrário. Existe uma grande diferença entre educação no sentido de ter estudo e no sentido de politeness (polidez?). A população em geral no Brasil pode não ter muito estudo, mas eu acho que damos um banho de educação nos alemães. Os alemães podem esperar no sinal vermelho, e ficar no lado direito da escada rolante, mas é porque eles aprenderam que isso é regra, e alemão adora uma regra! No dia-a-dia eles estão mais preocupados com o próprio umbigo, e como não há uma lei que os impeça de atropelar um velhinho para pegar o único acento vago no ônibus, ou de cortar a frente dos outros quando estão caminhando, eles estão pouco se lixando. No Brasil pode acontecer esse tipo de coisa também, mas eu acho que não é tanto quanto aqui. Quando um estrangeiro que não fala português pede uma informação no Brasil, acho que as pessoas fazem como o teu amigo escreveu no Japão, elas se esforçam para passar a informação, nem que seja por mímica. Aqui na Alemanha já vi várias vezes as pessoas torcerem a cara para os estrangeiros quando eles pedem informação, apesar de falarem inglês.
Uma professora aqui já me disse que os alemães aprendiam etiqueta na escola, e quando isso saiu do currículo, ficou fora de moda (altmodisch). Quando eu disse que quando eu abro uma porta eu deixo as pessoas que estão comigo entrarem primeiro, para depois entrar, sem nem pensar a respeito, ela achou que eu estivesse inventando, pois ninguém faz isso!
Pelo menos essas coisas têm servido de uma forma positiva para mim, pois eu consigo perceber como muitas vezes eu era/sou muito alemãozinho, intransigente, mal-educado, e até arrogante. Eu vejo como é chato ter de lidar com esse tipo de gente, e tento não ser mais tão assim...

Herr Weide Jaskulski disse...

Olá Rafael,

Também moro na Alemanha há algum tempo e compartilho contigo a mesma opiniao. Em se tratando de filas, entao, a coisa por aqui é absurda. Nesse aspecto, nós brasileiros somos muito mais civilizados.